sexta-feira, janeiro 25, 2008

Inspirado na vida real

Muita gente já sabe, principalmente os fãs de Gabo, que "o amor nos tempos do cólera" é inspirada na história dos pais do escritor. O pai era um telegrafista pobre (como Florentino Ariza) e se apaixonou por sua mãe, filha de um coronel, que não aprovava o romance. Para afastá-la deste amor, a família se mudou e a cada cidade que chegavam o telegrafista, com a ajuda dos amigos, conseguia localizá-la e enviar mensagens. Ao contrário da história fictícia, os pombinhos se casaram mesmo contra a vontade da família da moça.
Lindo!

O "amor nos tempos do cólera" conseguiu, finalmente, ser uma adaptação bem-sucedida dos romances de García Márquez. O filme trouxe toda a atmosfera da obra do escritor, com sensibilidade e graça. Estão lá o ambiente caribenho de Cartagena, a guerra civil colombiana, as prostitutas, esposas infiéis, a aristocracia, as doenças tropicais e, principalmente, a história de um amor profundo. Javier Bardem é a grande estrela. Conseguiu fazer Florentino Ariza jovem e velho com tanta propriedade que a gente chega a duvidar que seja o mesmo ator. Fernanda Montenegro também foi maravilhosa com a mãe do protagonista. Agora está provado que é possível levar Gabo para a telona. Basta mergulhar na sua obra e captar sua essência.
O filme do ano

Em entrevista durante o lançamento do filme “O amor nos tempos do cólera”, o diretor Mike Newell revelou sua dificuldade em lidar com Gabriel García Márquez, autor da história em que a produção é baseada. “Eu fiquei apavorado, porque ele disse que eu não ia conseguir”, disse o cineasta.
Newell não foi totalmente fiel ao livro, é bem verdade, mas concentrou-se no que parece ser o ponto principal de toda adaptação bem-sucedida: o respeito à alma da história. Essa sim está lá todinha, com toda sua força e doçura. Na trama, o jovem e carismático Fiorentino (vivido pelo espanhol Javier Bardem) se apaixona pela tímida Fermina (interpretada pela italiana Giovanna Mezzogiorno) em fins do século 19. Mesmo diante da negativa da moça, Fiorentino segue amando-a pelos 50 anos seguintes, sem nunca desistir de seu sonho de sua paixão. (Do site G1)