Gabo nas prateleiras
Chega amanhã às livrarias de todo o país o livro mais esperado de Gabriel García Márquez. "Viver para contar". É o primeiro livro de memórias do escritor colombiano que conta seus anos de infância e juventude, da época em que começou a criar suas obras que entrariam para a história da literatura do século XX como "Cem anos de solidão" e "O amor nos tempos do cólera". A preciosidade sai pela Editora Record por R$ 55. Eu fui apressada e comprei o original por R$ 120 (em pesos). Em Cuba cheguei a encontrar por 10 dólares. Enfim, vale à pena tê-lo custe o que custar.
quinta-feira, agosto 28, 2003
domingo, agosto 24, 2003
Como está Macondo hoje
Vi esta notícia publicada na BBC, em 5 de dezembro de 2002 e achei legal deixá-la aqui. Muita gente deve ficar curiosa para saber como é hoje Macondo (na realidade, Aracataca). Aí para quem interessar possa:
Cidade natal de García Márquez vive anos de solidão
Valquíria Rey, enviada especial a Aracataca
A cidade colombiana que serve de cenário para a recém-lançada autobiografia do escritor colombiano Gabriel García Márquez, Viver para Contar, está se queixando de abandono.
A pequena Aracataca, de 51 mil habitantes e situada no Caribe colombiano, foi onde o Prêmio Nobel de Literatura de 1982 nasceu.
O mais recente livro do autor começa com um noivado em Aracataca, entre o funcionário dos telégrafos Gabriel Eligio García e a jovem Luisa Santiaga Márquez - os pais do escritor.
Os habitantes da cidade, que serviu também de inspiração para a Macondo de Cem Anos de Solidão se dizem abandonados pelo poder central colombiano e muitos dizem que o escritor é responsável pela atual estagnação.
Esquecimento
"Ele é sim motivo de orgulho para todos nós. Mas nos esqueceu e, por causa dele, a cidade parou no tempo", disse à BBC Brasil o comerciante Ismael Ricardo Blanco.
O melhor retrato do abandono que atingiu Aracataca é o estado em que se encontra a Casa Museu García Márquez, onde nasceu o escritor.
Nas duas peças que restam estão poucos móveis: uma máquina de escrever Olivetti Studio 44, uma mesa de escritório, duas cadeiras de palha, o velho telégrafo de Gabriel Eligio García, pai de Gabo, e alguns quadros empoeirados da família pendurados nas paredes.
Declarada monumento nacional em 1996, a casa recebe menos de 500 visitas ao ano e sobrevive graças a caridade. No local, não existe uma loja, uma cafeteria, nem mesmo uma sala de exposições.
"Temos um projeto de restauração, mas necessitamos dinheiro. A prefeitura paga apenas os gastos de manutenção. Já o governo nacional nos abandonou", afirma o diretor do museu, Edgar Pérez.
Durante a infância de García Márquez, Aracataca prosperava com a chegada da empresa de comercialização de banana norte-americana United Fruit Co.. Hoje, é uma cidadezinha que não cresceu, está perdida no tempo.
García Márquez não tem sentimento regionalista. Ele deveria dar alguma coisa para seu povo.
"Aracataca segue igual ou pior que há 20 anos, quando ele ganhou o prêmio. Antes havia mais trabalho por aqui. Agora ficamos apenas com a fama", diz Nicolás Ąrias, primo do escritor.
O prefeito Efrain García Jiménez não sabe se é por conta do realismo mágico ou da nostalgia do livro de Gabo que os habitantes querem viver nos Cem Anos de Solidão.
"Não podemos viver em função do que tornou Aracataca famosa. O município está estancado em seu progresso. García Márquez não tem sentimento regionalista. Ele deveria dar alguma coisa para seu povo. Até mesmo se ele doasse alguns objetos pessoais, tornaria o museu mais atrativo aos visitantes”, afirma o prefeito.
Muitos dos familiares de Gabriel García Márquez, ou Gabo, ainda vivem em Aracataca.
Sentado em uma cadeira de plástico em frente de sua pequena casa de alvenaria, cuja porta está sempre aberta, Nicolás Arias é a presença viva da familia de Gabriel García Marquez na cidade.
Diferente do primo, o mais famoso escritor colombiano, Ąrias nunca quis abandonar uma das principais fontes de inspiração do Prêmio Nobel de Literatura: a cidadezinha de ruas empoeiradas e esquecida pelo poder central de Bogotá.
Ąrias, de 66 anos, não encontra o primo há mais de dez. Mas não se queixa: "Ele não se esqueceu do povo, da sua gente", disse.
"Depois do Nobel, Gabo esteve aqui apenas em três ocasiões. Ele não vem mais por questões de segurança, porque poderia se transformar facilmente em uma grande presa para os grupos violentos, que adorariam seqüestrá-lo."
Cotidiano
Apesar da ausência física, a literatura de Gabo está na vida cotidiana da cidade.
Como seus personagens imortais – Remédios, a Bela, o coronel Aureliano Buendía, o cigano Melquíades e Úrsula Igurán -, o nome de Gabo, suas frases, fragmentos de sua obra, passeiam pelas conversas dos adolescentes, dos velhos e dos homens durante os jogos de bilhar.
García Márquez nasceu em Aracataca em 6 de março de 1927. Morou na cidade até os oito anos com os avós maternos e três tias. Como ele mesmo conta, cresceu numa "casa de mulheres", cheia de histórias de fantasmas sem cabeça e lendas sobrenaturais.
Mesmo que nunca tenha voltado a viver na cidade, ela se converteu na inspiração de seu imaginário Macondo em Cem Anos de Solidão, a obra que o consagrou como grande escritor.
O lugar e as memórias de criança criaram seu "realismo fantástico", um gênero que mistura o imaginário e o real.
Depois de García Márquez ter ganho o Nobel, em 1982, Macondo se transformou em um dos lugares míticos da literatura universal.
Esse espaço que não existe no mundo real tem sua geografia, sua história e seus pontos turísticos para serem visitados.
Ainda hoje, Aracataca, em meio a plantações de bananas e um sol tropical, é reconhecida na Macondo da fictícia família Buendía: a estação de trem onde ocorreu o massacre dos trabalhadores bananeiros, as amendoeiras da praça Bolívar, a Rua dos Turcos e o rio.
“Aracataca é mundialmente conhecida. Nós é que devemos agradecê-lo”, disse.
Turistas
A cidade que um dia acreditou que poderia se transformar em um polo turístico, tem 30% de seus habitantes desempregados.
Ainda vive da banana, e as mariposas amarelas relatadas por García Marquez quase não aparecem por lá.
Aracataca segue igual ou pior que há 20 anos. Antes havia mais trabalho. Os turistas também são raros. Geralmente colombianos de cidades vizinhas, que quase nunca dormem no único hotel existente. Alguns vêm da Rússia, Estados Unidos, Grécia e Israel.
"A maioria vai para Santa Marta, capital do estado de Magdalena, e decide aproveitar para conhecer a cidade, distante apenas uma hora de carro", diz a agente de viagens Diana Lucía Noguera, ao informar que muitos perguntam primeiro por Macondo.
Devido à sua posição estratégica, Aracataca tem sido vítima da ação de guerrilheiros e paramilitares, que transformaram a estrada de acesso numa das mais perigosas do país, onde os seqüestros à luz do dia eram freqüentes.
Agora, as coisas estão mudando. Desde que o presidente Álvaro Uribe assumiu o poder, a polícia começou a voltar ao local e Aracataca, aos poucos, está abandonando os anos de solidão.
Vi esta notícia publicada na BBC, em 5 de dezembro de 2002 e achei legal deixá-la aqui. Muita gente deve ficar curiosa para saber como é hoje Macondo (na realidade, Aracataca). Aí para quem interessar possa:
Cidade natal de García Márquez vive anos de solidão
Valquíria Rey, enviada especial a Aracataca
A cidade colombiana que serve de cenário para a recém-lançada autobiografia do escritor colombiano Gabriel García Márquez, Viver para Contar, está se queixando de abandono.
A pequena Aracataca, de 51 mil habitantes e situada no Caribe colombiano, foi onde o Prêmio Nobel de Literatura de 1982 nasceu.
O mais recente livro do autor começa com um noivado em Aracataca, entre o funcionário dos telégrafos Gabriel Eligio García e a jovem Luisa Santiaga Márquez - os pais do escritor.
Os habitantes da cidade, que serviu também de inspiração para a Macondo de Cem Anos de Solidão se dizem abandonados pelo poder central colombiano e muitos dizem que o escritor é responsável pela atual estagnação.
Esquecimento
"Ele é sim motivo de orgulho para todos nós. Mas nos esqueceu e, por causa dele, a cidade parou no tempo", disse à BBC Brasil o comerciante Ismael Ricardo Blanco.
O melhor retrato do abandono que atingiu Aracataca é o estado em que se encontra a Casa Museu García Márquez, onde nasceu o escritor.
Nas duas peças que restam estão poucos móveis: uma máquina de escrever Olivetti Studio 44, uma mesa de escritório, duas cadeiras de palha, o velho telégrafo de Gabriel Eligio García, pai de Gabo, e alguns quadros empoeirados da família pendurados nas paredes.
Declarada monumento nacional em 1996, a casa recebe menos de 500 visitas ao ano e sobrevive graças a caridade. No local, não existe uma loja, uma cafeteria, nem mesmo uma sala de exposições.
"Temos um projeto de restauração, mas necessitamos dinheiro. A prefeitura paga apenas os gastos de manutenção. Já o governo nacional nos abandonou", afirma o diretor do museu, Edgar Pérez.
Durante a infância de García Márquez, Aracataca prosperava com a chegada da empresa de comercialização de banana norte-americana United Fruit Co.. Hoje, é uma cidadezinha que não cresceu, está perdida no tempo.
García Márquez não tem sentimento regionalista. Ele deveria dar alguma coisa para seu povo.
"Aracataca segue igual ou pior que há 20 anos, quando ele ganhou o prêmio. Antes havia mais trabalho por aqui. Agora ficamos apenas com a fama", diz Nicolás Ąrias, primo do escritor.
O prefeito Efrain García Jiménez não sabe se é por conta do realismo mágico ou da nostalgia do livro de Gabo que os habitantes querem viver nos Cem Anos de Solidão.
"Não podemos viver em função do que tornou Aracataca famosa. O município está estancado em seu progresso. García Márquez não tem sentimento regionalista. Ele deveria dar alguma coisa para seu povo. Até mesmo se ele doasse alguns objetos pessoais, tornaria o museu mais atrativo aos visitantes”, afirma o prefeito.
Muitos dos familiares de Gabriel García Márquez, ou Gabo, ainda vivem em Aracataca.
Sentado em uma cadeira de plástico em frente de sua pequena casa de alvenaria, cuja porta está sempre aberta, Nicolás Arias é a presença viva da familia de Gabriel García Marquez na cidade.
Diferente do primo, o mais famoso escritor colombiano, Ąrias nunca quis abandonar uma das principais fontes de inspiração do Prêmio Nobel de Literatura: a cidadezinha de ruas empoeiradas e esquecida pelo poder central de Bogotá.
Ąrias, de 66 anos, não encontra o primo há mais de dez. Mas não se queixa: "Ele não se esqueceu do povo, da sua gente", disse.
"Depois do Nobel, Gabo esteve aqui apenas em três ocasiões. Ele não vem mais por questões de segurança, porque poderia se transformar facilmente em uma grande presa para os grupos violentos, que adorariam seqüestrá-lo."
Cotidiano
Apesar da ausência física, a literatura de Gabo está na vida cotidiana da cidade.
Como seus personagens imortais – Remédios, a Bela, o coronel Aureliano Buendía, o cigano Melquíades e Úrsula Igurán -, o nome de Gabo, suas frases, fragmentos de sua obra, passeiam pelas conversas dos adolescentes, dos velhos e dos homens durante os jogos de bilhar.
García Márquez nasceu em Aracataca em 6 de março de 1927. Morou na cidade até os oito anos com os avós maternos e três tias. Como ele mesmo conta, cresceu numa "casa de mulheres", cheia de histórias de fantasmas sem cabeça e lendas sobrenaturais.
Mesmo que nunca tenha voltado a viver na cidade, ela se converteu na inspiração de seu imaginário Macondo em Cem Anos de Solidão, a obra que o consagrou como grande escritor.
O lugar e as memórias de criança criaram seu "realismo fantástico", um gênero que mistura o imaginário e o real.
Depois de García Márquez ter ganho o Nobel, em 1982, Macondo se transformou em um dos lugares míticos da literatura universal.
Esse espaço que não existe no mundo real tem sua geografia, sua história e seus pontos turísticos para serem visitados.
Ainda hoje, Aracataca, em meio a plantações de bananas e um sol tropical, é reconhecida na Macondo da fictícia família Buendía: a estação de trem onde ocorreu o massacre dos trabalhadores bananeiros, as amendoeiras da praça Bolívar, a Rua dos Turcos e o rio.
“Aracataca é mundialmente conhecida. Nós é que devemos agradecê-lo”, disse.
Turistas
A cidade que um dia acreditou que poderia se transformar em um polo turístico, tem 30% de seus habitantes desempregados.
Ainda vive da banana, e as mariposas amarelas relatadas por García Marquez quase não aparecem por lá.
Aracataca segue igual ou pior que há 20 anos. Antes havia mais trabalho. Os turistas também são raros. Geralmente colombianos de cidades vizinhas, que quase nunca dormem no único hotel existente. Alguns vêm da Rússia, Estados Unidos, Grécia e Israel.
"A maioria vai para Santa Marta, capital do estado de Magdalena, e decide aproveitar para conhecer a cidade, distante apenas uma hora de carro", diz a agente de viagens Diana Lucía Noguera, ao informar que muitos perguntam primeiro por Macondo.
Devido à sua posição estratégica, Aracataca tem sido vítima da ação de guerrilheiros e paramilitares, que transformaram a estrada de acesso numa das mais perigosas do país, onde os seqüestros à luz do dia eram freqüentes.
Agora, as coisas estão mudando. Desde que o presidente Álvaro Uribe assumiu o poder, a polícia começou a voltar ao local e Aracataca, aos poucos, está abandonando os anos de solidão.
sábado, agosto 23, 2003
Para não perder nada
Quem se interessa pelos livros de Gabo já pode ir riscando da listinha os que já leu e se preparar para comprar os outros. Os marcados são os que eu já devorei. Quem quiser dicas sobre eles é só deixar o comentário.
La hojarasca (1955) - A revoada
Entre cachacos. Notas de prensa, 2 (1954-1955)
El coronel no tiene quien le escriba (1961) - Ninguém escreve ao coronel
La mala hora (1962)
Los funerales de la Mamá Grande (1962) - Os funerais da Mamãe Grande
Cien años de soledad (1967) - Cem Anos de Solidão
La increíble y triste historia de la cándida Eréndira y su abuela desalmada (1972) - A incrível e triste história da cândida Eréndira e sua avó desalmada
Cuando era feliz e indocumentado (1973)
El otoño del patriarca (1975) - O outono do patriarca
Operación Carlota (1977)
Crónica de una muerte anunciada (1981) - Crônica de uma morte anunciada
El olor de la guayaba (1982) - O cheiro da goiaba
Notas de prensa (1961-1984)
El amor en los tiempos del cólera (1985) - O amor nos tempos do cólera
El general en su laberinto (1989) - O general em seu labirinto
Doce cuentos peregrinos (1992) - Doze contos peregrinos
Del amor y otros demonios (1994) - Do amor e outros demônios
La aventura de Miguel Littín clandestino en Chile (1995) - A aventura de Miguel Littín clandestino no Chile
Noticia de un secuestro (1996) - Notícia de um seqüestro
Me alquilo para soñar (1997) - Me alugo para sonhar
Cómo se cuenta un cuento: taller de guión - Como contar um conto
La bendita manía de contar
Obra periodística completa (1999)
Vivir para contarla (2002 - Memorias) - Viver para contar
Quem se interessa pelos livros de Gabo já pode ir riscando da listinha os que já leu e se preparar para comprar os outros. Os marcados são os que eu já devorei. Quem quiser dicas sobre eles é só deixar o comentário.
La hojarasca (1955) - A revoada
Entre cachacos. Notas de prensa, 2 (1954-1955)
El coronel no tiene quien le escriba (1961) - Ninguém escreve ao coronel
La mala hora (1962)
Los funerales de la Mamá Grande (1962) - Os funerais da Mamãe Grande
Cien años de soledad (1967) - Cem Anos de Solidão
La increíble y triste historia de la cándida Eréndira y su abuela desalmada (1972) - A incrível e triste história da cândida Eréndira e sua avó desalmada
Cuando era feliz e indocumentado (1973)
El otoño del patriarca (1975) - O outono do patriarca
Operación Carlota (1977)
Crónica de una muerte anunciada (1981) - Crônica de uma morte anunciada
El olor de la guayaba (1982) - O cheiro da goiaba
Notas de prensa (1961-1984)
El amor en los tiempos del cólera (1985) - O amor nos tempos do cólera
El general en su laberinto (1989) - O general em seu labirinto
Doce cuentos peregrinos (1992) - Doze contos peregrinos
Del amor y otros demonios (1994) - Do amor e outros demônios
La aventura de Miguel Littín clandestino en Chile (1995) - A aventura de Miguel Littín clandestino no Chile
Noticia de un secuestro (1996) - Notícia de um seqüestro
Me alquilo para soñar (1997) - Me alugo para sonhar
Cómo se cuenta un cuento: taller de guión - Como contar um conto
La bendita manía de contar
Obra periodística completa (1999)
Vivir para contarla (2002 - Memorias) - Viver para contar
El ahogado más hermoso del mundo
Esse é o título de um dos contos de que mais gosto de García Márquez. A história fala de um corpo que é trazido para a praia e acaba despertando a curiosidade dos moradores da região. Sua chegada mudou a rotina do povoado. A imaginação tomou conta de todos. De onde vinha? Era casado? Como era sua casa? E até nome lhe deram: Estevan.
Quem quiser ler um pouco mais sobre esta história fantástica e sensível basta procurar o livro "A incrível história de Candida Eréndira e sua avó desalmada"
Esse é o título de um dos contos de que mais gosto de García Márquez. A história fala de um corpo que é trazido para a praia e acaba despertando a curiosidade dos moradores da região. Sua chegada mudou a rotina do povoado. A imaginação tomou conta de todos. De onde vinha? Era casado? Como era sua casa? E até nome lhe deram: Estevan.
Quem quiser ler um pouco mais sobre esta história fantástica e sensível basta procurar o livro "A incrível história de Candida Eréndira e sua avó desalmada"
quarta-feira, agosto 20, 2003
terça-feira, agosto 19, 2003
Kafka
Uma das grandes influências de Gabriel García Márquez foi o escritor Franz Kafka. Em "Cheiro de Goiaba" ele diz que ao ler "A Metamorfose" descobriu que é possível contar coisas fantásticas como se fosse naturais. Olha só o que revolucionou sua vida de romancista:
"Quando certa manhã Gregor Samsa acordou dos sonhos intranqüilos, encontrou-se em sua cama metamorfoseado num inseto mostruoso"
Uma das grandes influências de Gabriel García Márquez foi o escritor Franz Kafka. Em "Cheiro de Goiaba" ele diz que ao ler "A Metamorfose" descobriu que é possível contar coisas fantásticas como se fosse naturais. Olha só o que revolucionou sua vida de romancista:
"Quando certa manhã Gregor Samsa acordou dos sonhos intranqüilos, encontrou-se em sua cama metamorfoseado num inseto mostruoso"
O coronel dos peixinhos de ouro
Este é um dos meus trechos favoritos de "Cem Anos de Solidão". Um resumo da vida da personagem:
"O coronel Aurelíano Buendía promoveu trinta e dois levantamentos armados e perdeu todos. Teve dezessete filhos homens ilegítimos de dezessete mulheres diferentes, que foram exterminados um após o outro em uma só noite, antes que o mais velho chegasse aos trinta e cinco anos. Escapou de quatorze atentados, de sessenta e três emboscadas e de um pelotão de fuzilamento"
Este é um dos meus trechos favoritos de "Cem Anos de Solidão". Um resumo da vida da personagem:
"O coronel Aurelíano Buendía promoveu trinta e dois levantamentos armados e perdeu todos. Teve dezessete filhos homens ilegítimos de dezessete mulheres diferentes, que foram exterminados um após o outro em uma só noite, antes que o mais velho chegasse aos trinta e cinco anos. Escapou de quatorze atentados, de sessenta e três emboscadas e de um pelotão de fuzilamento"
Viver para contar
Ler García Márquez é como tomar uma dose de inspiração. Basta que eu leia seus livros para que vá dormir inquieta. Simplesmente porque as idéias não me deixam pregar os olhos. É neste momento que um grande otimismo me invade o espírito e eu penso que é possível seguir a diante, que basta eu querer para que uma história brote da minha cabeça e me impulsione a riscar o papel freneticamente. É com Gabo que aprendo o melhor que a literatura pode proporcionar. Quem sabe um dia eu tome coragem para também tornar-me uma escritora. Enquanto isso, busco este espaço para falar um pouco dele e de seu realismo mais que fantástico.
Ler García Márquez é como tomar uma dose de inspiração. Basta que eu leia seus livros para que vá dormir inquieta. Simplesmente porque as idéias não me deixam pregar os olhos. É neste momento que um grande otimismo me invade o espírito e eu penso que é possível seguir a diante, que basta eu querer para que uma história brote da minha cabeça e me impulsione a riscar o papel freneticamente. É com Gabo que aprendo o melhor que a literatura pode proporcionar. Quem sabe um dia eu tome coragem para também tornar-me uma escritora. Enquanto isso, busco este espaço para falar um pouco dele e de seu realismo mais que fantástico.
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